Para elevar a filantropia no Brasil a um outro patamar e, assim, ajudar a alterar o triste cenário da desigualdade no país, muitos empreendedores sociais se envolvem cada vez mais profundamente na promoção de ações transformadoras, trazendo novas ideias e experiências diferentes. E, em um momento em que o Brasil visa dar um passo adiante em sua história, buscando sair do período trágico da pandemia, a mobilização da sociedade deve se tornar constante para fortalecer essas iniciativas. Afinal, a filantropia estratégica exerce o papel de uma ferramenta capaz de transformar a realidade do país.
Abaixo, citamos cinco nomes que estão engajados nessa luta:
Preto Zezé
O ativista e o empreendedor Preto Zezé se descreve nas redes sociais como um ex-lavador de carros que se tornou líder de agendas positivas e potentes pelas favelas do mundo. E, de fato, o impacto social do seu trabalho é gigante.
Preto Zezé foi criado na comunidade das Quadras, em Fortaleza. Iniciou o seu ativismo social na cultura do Hip Hop, criou o Movimento Cultura de Rua como uma rede de jovens das favelas que atuavam pelos direitos civis, e continuou a ampliar a sua atuação.
Produtor cultural, escritor e empreendedor, ele tornou-se um dos principais líderes de organizações sociais no mundo, sendo atualmente presidente nacional da Cufa (Central Única das Favelas) – entidade que desenvolveu mais de 1.000 projetos em todos os estados do Brasil. Apenas o projeto Mães da Favela, que é um fundo solidário, mobilizou em 2021 mais de R$ 400 milhões.
Germano Guimarães
Em 2010, uma organização da sociedade civil foi criada com o propósito de contribuir para a formação de um ecossistema de inovação em serviços públicos no Brasil: o Instituto Tellus. Essa foi uma organização pioneira no país, e entre os seus fundadores estava Germano Guimarães, que continua hoje à frente do instituto como diretor-presidente.
Desde da criação da organização, várias iniciativas foram desenvolvidas, como o projeto Clique Saúde, em Pelotas (RS), implementado para disponibilizar informações em tempo real de localização e disponibilidade de medicamentos na cidade, a partir da digitalização do estoque da farmácia pública central.
Iniciativas assim impactam diretamente na vida dos cidadãos, e Germano segue em ação. Ele também atua em outras frentes. Por exemplo, é mentor de GovTechs (startups que visam gerar inovação na gestão pública) na BrazilLab, um hub de inovação que acelera soluções e conecta empreendedores ao poder público.
Patrícia Villela Marino
A luta na América Latina para diminuir a violência, aumentar a transparência e estimular a cidadania ativa conta com a forte atuação de Patrícia Villela Marino, cofundadora e presidente do Instituto Humanitas360.
Lançado em 2015, o instituto mira desenvolver soluções colaborativas para alcançar transformações sociais significativa dentro de uma geração. A ideia é construir um continente mais justo socialmente, com empreendedores e organizações trabalhando em rede para proporcionar melhorias sustentáveis nos padrões de vida e para empoderar os cidadãos.
Patrícia também é cofundadora do Civi-co, hub de inovação que reúne empreendedores de impacto e ativistas sociais que possuem o objetivo de gerar transformações positivas na sociedade e no espaço público e governamental do Brasil.
Elie Horn
Fundador da construtora e incorporadora de imóveis Cyrela, Elie Horn tem em sua consciência a necessidade de fazer o bem e de construir um mundo mais justo. Em 2015, ingressou no pacto The Giving Pledge (Promessa de Doação), no qual se comprometeu a doar a maior parte de seu patrimônio pessoal para causas sociais.
Ele idealizou e criou o Instituto Liberta, em 2016, com a missão de ajudar a combater a exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil. Dois anos depois, visando fortalecer o ecossistema filantrópico e multiplicar o impacto positivo, Horn é um dos fundadores do Movimento Bem Maior, organização na qual ele continua ligado, sendo um dos associados.
Além de investir pesado em filantropia, ele sempre tenta disseminar a cultura de doação. Neste ano, o empresário participou da terceira edição do Diálogos do Movimento Bem Maior, que abordou o tema da ‘filantropia como escolha de vida’. O evento contou a participação da sua esposa Suzy Horn e do casal David Vélez, um dos fundadores do Nubank, e Mariel Reyes – que também assinaram o Giving Pledge.
Luciano Huck
Todo mundo conhece Luciano Huck como apresentador que comanda atualmente as tardes de domingo da Rede Globo. Mas poucos sabem da sua atuação como empreendedor social. O Instituto Criar de TV, Cinema e Novas Mídias foi uma iniciativa dele, feita em 2003, que tem como objetivo possibilitar o desenvolvimento profissional, sociocultural e pessoal de jovens por meio do audiovisual.
Huck também ajudou a fundar da Igah Ventures, uma gestora de venture capital brasileira que assumiu os compromissos de apoiar empreendedores que desejam transformar seus mercados, de fornecer uma rede de relacionamento acionável para impulsionar o crescimento e de mirar no longo prazo para construir negócios rentáveis de forma sustentável.
O apresentador da Globo é um dos líderes associados ao Movimento Bem Maior e também é membro dos movimentos RenovaBR do Agora!, dois grupos que incentivam as pessoas a participarem da renovação da democracia.
Todos estes cinco nomes – Preto Zezé, Germano Guimarães, Patrícia Villela Marino, Elie Horn e Luciano Huck – estarão juntos no evento Legado, nesta segunda-feira, dia 25 de abril, das 15h às 18h, no Teatro Santander, na avenida Presidente Juscelino Kubitschek, n° 2041, em São Paulo. O encontro, que é uma parceria do Banco Santander com o Movimento Bem Maior, vai discutir como impulsionar a cultura de doação para reduzir barreiras sociais e promover o desenvolvimento. Para assistir a transmissão online no canal do Movimento Bem Maior no YouTube, clique aqui.