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Entre incerteza e esperança, colaboração

Por Movimento Bem Maior

dez 2021

Dizem que os guerreiros nascem quando estão diante de uma batalha. Quando nos vimos frente aos desafios desses dois últimos anos, que foram tão grandes, também pudemos conhecer, enquanto terceiro setor, toda nossa dimensão e capacidade. Fomos guerreiros na coragem e resiliência para enfrentar as demandas!

Aumentaram os índices de desemprego, fome e pessoas em situação de pobreza. Foi necessário buscar novos caminhos para ficar à altura do que era preciso enfrentar. A boa notícia é que descobrimos, em meio a essa grande batalha, que é possível avançar. As dificuldades que vivenciamos na pandemia também foram fonte de aprendizado, trazendo oportunidades para promovermos transformações.

No final de 2020 e, ainda no início de 2021, estávamos cheios de incertezas sobre o presente e o futuro. Uma nova onda da Covid-19 era uma ameaça certa, o número de internações e mortes crescia e a vacinação em massa era um sonho distante.

Chegamos ao final deste ano com uma esperança que parecia impossível, com grande parte da população vacinada, alguns, inclusive, com a terceira dose. Era uma realidade impensável que se tornou real devido à união de esforços por esse bem comum junto com ações coordenadas de forma estratégica. 

Ficou comprovado que, quando fazemos as coisas de modo colaborativo, encontramos soluções para os desafios, sejam locais ou globais. A pandemia nos mostrou o que é possível conquistar quando há alinhamento de desejos e propósitos na luta por objetivos comuns. 

Aprendemos que precisamos manter conectadas as pessoas que conhecem as reais necessidades com os que têm o poder de realizar as mudanças necessárias. Unir esses dois mundos para garantir um melhor aproveitamento dos recursos públicos e privados em benefício da sociedade, avançando nos planos de redução das desigualdades. 

Graças aos esforços conjuntos estamos reconquistando um bem valioso: a liberdade. Temos um ano eleitoral em 2022, período que costuma trazer incertezas pelas mudanças, mas nem por isso devemos ficar paralisados. Pelo contrário: precisamos trabalhar mais ainda defendendo os direitos democráticos e a justiça social, seguir observando as necessidades ambientais, melhorando a educação, combatendo a fome, o desemprego e a pobreza.

São grandes os obstáculos que nosso país continua enfrentando. Crescemos na adversidade e observamos um espaço amplo de possibilidades de trabalho, qualificação e conscientização. Fizemos parcerias, nos aproximamos de muitos pares e conquistamos uma visão ampliada do trabalho relevante que podemos desenvolver pelo país nos eixos em que atuamos.

O terceiro setor teve, como coletivo, conquistas fundamentais, ficando mais consciente e com pessoas mais engajadas. Saímos todos mais fortalecidos, com valores que ficaram muito latentes, de apoiar o próximo, de não deixar ninguém para trás, da riqueza da vida. Avançamos mais confiantes ao constatar que com consciência e protagonismo podemos seguir, de forma colaborativa, promovendo as transformações que nosso país realmente precisa.

Que em 2022 possamos continuar exercendo a filantropia em sua essência, de compartilhar amor, para que tenhamos um ano novo repleto de boas novas!

Este artigo foi originalmente publicado no site do jornal O Povo