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Parcerias entre organizações sociais: confiança faz a roda girar

Por Movimento Bem Maior

jul 2021

Por Carola Matarazzo, Diretora executiva do Movimento Bem Maior e Luiza Serpa, Co-Fundadora e Diretora Executiva do Instituto Phi

O país enfrenta desafios complexos – e, consequentemente, também o terceiro setor – que vão do aumento da população em vulnerabilidade socioeconômica à escassez de recursos. Neste cenário, a formação de parcerias entre organizações sociais vem sendo um caminho crescente.

Várias questões são referenciais para o sucesso do trabalho colaborativo, com destaque para a coesão do grupo e a motivação para participar da aliança. “A confiança, vital para a realização de parcerias flexíveis e eficientes, em detrimento de instrumentos de controle, tem sido um dos mais importantes conceitos” afirma Luiza Serpa, diretora do Instituto PHI.

Essa abordagem está diretamente relacionada à busca do setor por produzir mudanças que sejam sistêmicas, estruturantes e transformadoras em um maior nível de escala. Exige abertura e flexibilidade de cada membro da parceria para rever suas práticas e processos e abrir mão do protagonismo. Passa ainda pela necessidade de aumento da eficiência na gestão dos recursos e pela compreensão de que nenhum dos desafios que precisamos enfrentar como sociedade serão resolvidos com a atuação de apenas uma organização. Colaborar é uma ótima oportunidade para exercitar a humildade.

À medida que o relacionamento se desenvolve, amplia-se o nível de compreensão e de confiança. Assim tem sido a parceria entre o Movimento Bem Maior e o Instituto Phi, iniciada em 2019, ainda na primeira edição do Edital de apoio a organizações sociais e coletivos de base comunitária: um relacionamento evolutivo, pontuado por uma série de etapas e trocas negociadas e aprimoradas ao longo do tempo.

O primeiro passo? Construir uma visão comum para, a partir dela, definir uma agenda que inclui o estabelecimento de prioridades, responsabilidades e metas concretas.                           

Assim, com uma estrutura dinâmica, sem que se tenha um poder central, usufruímos de um rico intercâmbio de aprendizados já validados, incluindo metodologias de trabalho e critérios de análises de resultados. Ampliamos nosso networking e fortalecemos nossa capacidade de ação. “Parcerias de confiança produzem transformações realmente capazes de impactar as bases das desigualdades e da injustiça”, declara Carola Matarazzo, diretora-executiva do Movimento Bem Maior   

Veja os projetos:  https://movimentobemmaior.org.br/impacto/

Conheça o Instituto Phi: https://institutophi.org.br/

Este artigo foi originalmente publicado no site do Estadão.