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‘As pessoas têm que se engajar na filantropia’, diz controlador da Porto Seguro sobre a Carta pela Democracia

Por Guilherme Mattoso

ago 2022

Em entrevista concedida ao jornal O Globo, Jayme Garfinkel, nosso associado fala sobre a importância do envolvimento de empresários com o tema da filantropia. 

— As pessoas têm que se engajar na filantropia. Ninguém tolera mais a miséria, a destruição que o país está tomando — disse ele.

Acionista controlador da seguradora Porto Seguro, é um dos signatários da Carta pela Democracia a ser lida nas arcadas da Faculdade de Direito da USP neste 11 de agosto e cita o potencial do Movimento Bem Maior como ferramenta para uma sociedade mais justa e inclusiva.

O sr. aderiu ao Movimento Bem Maior, que estimula a cultura da doação. Esse maior engajamento empresarial na política e nos temas nacionais se reflete nas doações?
Estamos tentando criar um movimento no setor privado para erradicar a miséria, tentando incentivar o privado nessa pauta. Fui muito impactado por um artigo do Fernando Schüler na Veja, em que ele falava que no século 19 acabou-se com escravidão e que o desafio do no século 21 deveria ser acabar com a miséria. Um país com esse potencial, essa riqueza e juventude. E desde então, eu e um grupo de amigos estamos engajados nisso, tentando trabalhar. Há muitas iniciativas, mas falta coordenação. E isso poderia vir do governo, pois iria impactar mais, puxando a confiança das pessoas para doar mais. Mas não se pode ver o governo como a figura do Leão do Imposto de Renda. As pessoas deveriam ter interesse e vontade em pagar impostos e não encarar como uma mordida. As pessoas têm que se engajar na filantropia. Ninguém tolera mais a miséria, a destruição que o país está tomando. Mas isso se constrói, com confiança, e não com divisão. Hoje se o PT está no poder a pessoa diz que vai ser contra porque é de direita. Também estou envolvido com o instituto Ação pela Paz, para melhorar o sistema prisional, dar mais dignidade aos presos e reduzir a reincidência. Mas é uma gota no oceano. Para ampliar o impacto, tem que engajar o poder público.

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Entrevista publicada no dia 11 de agosto de 2022 no jornal O Globo. Para ler na íntegra clique aqui